História da Mata Atlântica
Foto: Octávio Campos Salles
A história da Mata Atlântica tem início há mais de 50 milhões de anos. Na época do descobrimento do Brasil, ocupava mais de 1,3 milhão km², do Norte ao Sul do país. Hoje, ela já perdeu mais de 7% da sua área natural, pela exploração das suas matérias primas e pela intensa urbanização das cidades. Seus primeiros colonizadores foram os povos indígenas. Vestígios históricos mostram que os índios manipulavam a Mata por suas atividades agrícolas e queimadas para o cultivo. Sendo eles, filhos da Mata e moradores de áreas completamente cercadas por ela, sofrendo então, as consequências das modificações ocorridas ao longo dos anos. Sendo o nosso maior patrimônio biológico natural, as consequências são graves. Entre elas, a extinção de animais, a violenta devastação, a perda de espaços naturais, a queda de qualidade do ar, entre muitas outras implicações que a falta da riqueza biológica traz. Atualmente, a Mata Atlântica é um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo. Devido ao seu altíssimo grau de biodiversidade, endemismo e à sua elevada taxa de desmatamento, está entre os cinco principais hotspots do mundo, ou seja, áreas que apresentam os biomas mais ricos e ao mesmo tempo mais ameaçados do planeta – ONG Conservation International Ao longo da sua extensão, apresenta uma fascinante diversidade. Estando presente em serras, planaltos, costas e litorais. Com suas lagunas, dunas e até mangues. Entre mamíferos, aves, répteis e anfíbios, mais de 1360 espécies são abrigadas pela Mata Atlântica. Sua área vegetal abriga mais de 20000 espécies de plantas. Tem, desde a sua origem, árvores e plantações históricas, que compõem a grande riqueza biológica do país. Com suas árvores muito altas e ramificadas, ela se auto protege da passagem do sol, possibilitando a criação de espécies menores, funcionando de forma natural e automática. Podemos dizer, em um tom um tanto quanto poético, mas completamente verdadeiro, que a Mata Atlântica é um verdadeiro ser vivo alimentando o Brasil. Torcemos para que ele se dê contas disso brevemente, enquanto ainda dá tempo.
As riquezas que a Mata Atlântica abriga, desde a sua origem, não será comprada por nenhuma moeda.
